Um grupo terrorista situado no Brasil estaria sendo
investigado há pelo menos 6 meses pela Polícia Federal por planejar um atentado
para matar o presidente Jair Bolsonaro. Além dele, também seriam alvos a ministra da Mulher,
Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles. Questionado, o presidente confirmou a investigação contra o
grupo.
De acordo
com a revista, a PF está no encalço do grupo terrorista Sociedade Secreta
Silvestre (SSS), um braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem
(ITS), grupo internacional denominado ecoextremista e investigado por promover
ataques a políticos e executivos em outros países.
A revista
diz ter entrevistado um dos líderes do SSS, que se identificou como “Anhangá”.
Em um chat na deepweb, uma espécie de área clandestina e irrastreável da
internet, o líder teria confirmado à reportagem da Veja que o plano para matar
Bolsonaro é real e começou a ser elaborado desde a eleição do presidente, em
2018.
Ele teria
afirmado à Veja que o presidente é um “estúpido populista” que “falha com sua
segurança” e anda “sem uma proteção adequada”. O motivo do grupo, segundo a
Veja, é que Bolsonaro e sua administração têm declarado guerra ao meio
ambiente.
Segundo a
revista, o atentado só não foi executado no dia da posse devido ao forte
esquema de segurança envolvido na cerimônia, e que entre os alvos estavam
Bolsonaro, a esposa Michelle, e os filhos do presidente: Carlos, Eduardo,
Flávio e Jair Renan.
Apesar da
desistência, dias antes da posse, o grupo diz ter realizado uma tentativa de
ataque à bomba em uma igreja, distante 50km do Palácio do Planalto, na qual o
artefato só não explodiu porque apresentou uma falha no detonador.
SALLES E
DAMARES NA MIRA
O SSS
também teria revelado à Veja que foi o autor de um ataque a um posto do Ibama,
em Brasília, quando duas viaturas do órgão foram incendiadas em abril deste
ano. Na ocasião, segundo o líder do grupo, mensagens contra Salles foram
pichadas. “Anhangá”, ainda segundo a Veja, teria chamado o ministro do Meio
Ambiente de “cínico” e classificado sua nomeação como a de um “lobo cuidando de
um galinheiro”.
Damares
também estaria na mira do SSS, de acordo com a reportagem. A ministra da
Mulher, Família e Direitos Humanos, na avaliação do líder, “é a cristã branca
evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade”, o que
iria contra o que o eco-extremismo prega.
INQUÉRITO
DA PF
Os grupo
de terroristas brasileiros, segundo a Veja, é monitorado pelas autoridades.
Intitulado “Informações sobre Sociedade Secreta Silvestre”, um relatório obtido
pela Veja e elaborado pela Diretoria de Inteligência da PF aponta que, em 2017,
o grupo foi responsável por deixar uma bomba na rodoviária de Brasília.
Desde dezembro,
o caso tem ficado sob tutela dos melhores investigadores antiterroristas do
governo. O relatório, segundo a Veja, aponta ainda que o SSS segue praticando
atos criminosos com “extrema gravidade” e mostrando “profusão de ideias
violentas e extremistas, além de divulgar ameaças contra a vida do Bolsonaro”.
BOLSONARO
CONFIRMA INQUÉRITO
Questionado,
Bolsonaro confirmou na manhã desta sexta-feira (19) que o GSI (Gabinete de
Segurança Institucional) da Presidência já tinha conhecimento da investigação
sobre um grupo.
Ao ser
perguntado sobre o caso no final de um café da manhã com jornalistas de
agências internacionais, no Palácio do Planalto, Bolsonaro confirmou que havia
lido a reportagem naquela manhã. “Eu li e encaminhei, o GSI já tinha
conhecimento", disse.
“O risco
de atentado a mim ou a qualquer líder mundial sempre vai existir”, afirmou,
segundo a Reuters.
POR YAHOO NOTÍCIAS
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